Adoro línguas estrangeiras, o que na verdade é estranho para alguém que viajou tão pouco. Não sei se devo isso ao fato de que, enquanto adolescente, minha realidade era tão insuportável que eu realmente precisava escapar, mas o fato é que o "estranho" sempre me fascinou.
Escolhi fazer Letras na faculdade e por algum motivo, escolhi fazer alemão. Sou professora de português e alemão por formação. Nunca dei aula de nenhuma das duas línguas embora ultimamente esteja querendo me arriscar a dar aulas para português para estrangeiros.
Meus anos de UERJ foram anos de sonho. Aprender aquela língua que tão poucos conheciam me fazia crer que estava fazendo algo especial e, por consequência, me tornava alguém especial. O método usado era o estrutural, que ainda hoje é usado em escolas como Brasas. Em outras palavras, tínhamos que repetir e repetir e repetir.
Frequentava o laboratório de línguas diariamente e lá passava hora memorizando estruturas algumas da quais ainda residem em minha memória: "weil ich in die Schule gehe".
Mas como tanto o método estruturalista quanto o ensino público deixam a desejar, não consegui, nos termos de Maria José Coracini, me ressignificar.
Terminei a graduação e não falava alemão.
Bel Chavantes
Aulas particulares de inglês/ Email: belchavantes@gmail.com/ Cel: 8771-9486
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Sou professora de inglês. Durante muito tempo, disse isso com muito orgulho, mas ultimamente confesso que estou tendo dúvidas.
Aprender inglês foi uma vitória para mim. Venho de origens humildes e não pude fazer intercâmbio, o que era muito "in" nos anos 80. Acredito que ainda seja. Enfim, aprendi inglês, de acordo com uma prima querida, "na marra".
Escutava música, ia ao cinema de bloquinho e estudava. Estudava muito.
A língua mãe é a língua do interdição enquanto a língua estrangeira é o lugar onde tudo pode correr mais livremente, onde tudo é permitido. Aprender inglês me levava a uma lugar melhor onde eu podia escapar da realidade e realizar meus sonhos.
Sadly, hoje vejo que aprender inglês e estudar não me levaram me longe do lugar onde sempre estive.
Aprender inglês foi uma vitória para mim. Venho de origens humildes e não pude fazer intercâmbio, o que era muito "in" nos anos 80. Acredito que ainda seja. Enfim, aprendi inglês, de acordo com uma prima querida, "na marra".
Escutava música, ia ao cinema de bloquinho e estudava. Estudava muito.
A língua mãe é a língua do interdição enquanto a língua estrangeira é o lugar onde tudo pode correr mais livremente, onde tudo é permitido. Aprender inglês me levava a uma lugar melhor onde eu podia escapar da realidade e realizar meus sonhos.
Sadly, hoje vejo que aprender inglês e estudar não me levaram me longe do lugar onde sempre estive.
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
domingo, 4 de agosto de 2013
Great article by Isabela Villas Boas sobre o uso de português na sala de aula de língua estrangeira. Assim como a autora, acredito que o conflito existente entre a língua materna e a língua estrangeira não deva ignorado, pois o fosso existente entre as duas línguas só tende a aumentar. O uso de português em sala de aula pode ser um trampolim para o melhor entendimento da língua estrangeira. Cabe ao professor decidir quando o uso da língua mãe será eficaz.
http://isabelavillasboas.wordpress.com/2013/08/04/l1-in-the-l2-classroom-from-a-sin-to-a-possibility/#comment-277
http://isabelavillasboas.wordpress.com/2013/08/04/l1-in-the-l2-classroom-from-a-sin-to-a-possibility/#comment-277
sábado, 3 de agosto de 2013
Não há solução fácil ou receita de bolo no que diz respeito ao ensino de línguas, pois a sala de aula do ensino de língua estrangeira é bastante complexa. Mas quanto mais envolvermos nossos aprendizes, maiores são suas chances de sucesso.
http://www.education.com/blog/dzugnoni/2013/07/a-little-nonsense-now-and-then/
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